Doenças sexuais estão a aumentar:
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são algumas das principais causas de doenças agudas e crónicas, infertilidade e... morte. E isso pelo facto de as ITS estarem a aumentar e também por serem consideradas um co-factor na infecção por VIH. É deste pressuposto que parte o seminário organizado pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical, a Associação Garcia de Orta e o British Council, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que tenderá a ser uma vítima preferencial das IST na medida em que também é uma vítima da violência sexual. As IST são um dos mais importantes problemas de saúde pública em todo o mundo, e o seu combate é considerado uma prioridade pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Também em Portugal urge esse combate, com especial atenção à situação das mulheres. A propósito, o director-geral de Saúde, José Pereira Miguel, defendeu a necessidade de "um plano epidemiológico consistente"(...)
Segundo um estudo coordenado por Filomena Luz Exposto, e em que participaram, entre outros Armando de Sá, Luís Tavira e Mário Jorge Santos, um dos problemas fundamentais em Portugal relativamente às IST prende-se com a inexistência de dados epidemiológicos fiáveis. Em Portugal não se conhece o número de casos reais de IST, sustentam. Segundo dados da Direcção-Geral de Saúde, a maior incidência verifica-se em homens dos 25 ao 44 anos da região de Lisboa e Vale do Tejo. Segundo o estudo, a "inexistência de um sistema nacional de vigilância epidemiológica e laboratorial" e uma "inadequada formação em IST do pessoal de saúde" são dois factores para um estado de coisas medíocre. A este os autores acrescentam a "falta de articulação entre as váriais instituições" que actuam na área da IST, VIH, toxicodependêmcia e tuberculose", de que resultará "uma dispersão de recursos humanos, técnicos e financeiros". Por outro lado, apontam uma "inadequada informação do grande público" sobre IST/VIH, tal como não existirá "informação suficiente e adequada" todos os níveis (JN, (2005-03-09)).
As IST's são infelizmente algo que existe por todo mundo, incidindo com diferentes intensidades, como exemplo da nossa SOCIEDADE:
Estados Unidos: Casos de doenças sexualmente transmissíveis aumentam
Depois de terem atingido valores bastante reduzidos, as taxas de contágio por gonorreia estão a crescer outra vez, devido à resistência cada vez maior da bactéria aos antibióticos comuns, afirmaram as autoridades.
Também a sífilis está a sofrer um crescimento, assim como a taxa de sífilis congénita, que pode criar deformações ou provocar a morte do bebé e que cresceu pela primeira vez em 15 anos.
"Felizmente não vemos esta mudança como uma tendência", disse um especialista em infecções da Faculdade de Medicina da Universidade John Hopkins, o Dr. Khalil Ghanem.
Os Centros federais de Controlo e Prevenções de Doenças são responsáveis por publicar um relatório anual sobre a clamídia, gonorreia e sífilis, três doenças sexualmente transmissíveis(...)
A clamídia é a mais comum, com aproximadamente um milhão de casos registados no último ano, mais 967 mil do que no ano anterior.
(...)
Cerca de três quartos das mulheres infectadas por clamídia não têm sintomas, o que pode ser grave uma vez que, sem tratamento, a doença pode espalhar-se e provocar a infertilidade.
As autoridades de saúde acreditam que cerca de 2,8 milhões de novos casos podem estar a ocorrer a cada ano.
Também em relação à infecção por clamídia, são as mulheres negras que sofrem mais: a doença afecta-as sete vezes mais que à mulher branca e duas vezes mais que à hispânica.
Em relação à gonorreia, os números caíram para 113,5 casos por 100 mil habitantes, em 2004, mas subiu para 121, em 2005, um crescimento de 5,5 por cento.
As autoridades não sabem exactamente quantos casos de gonorreia resistente foram registados nos 358 mil casos de 2006 mas num projecto de vigilância em 28 cidades foi descoberto que 14 por cento eram resistentes ao ciprofloxacin e a outros medicamentos.
Outra descoberta alarmante é a de que nove por cento dos casos resistiram aos antibióticos em 2005, um número superior aos sete por cento registados em 2004.
(...)
A sífilis, uma doença potencialmente mortal que surge com dores genitais, tem sido rara nos Estados Unidos mas este ano o número de casos registados aumentou 14 por cento, passou dos 8.700 de 2005 para os 9.800 em 2006.
Nos casos de sífilis congénita, nos quais os recém-nascidos são infectados pelas mães, foram registados 8,5 casos em cada 100 mil nascimentos (JN, (2007-11-13)).
domingo, 26 de abril de 2009
Preservativo feminino de volta:
A Coordenação Nacional para a Infecção HIV/Sida e a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género lançaram uma campanha nacional que visa incentivar o uso do preservativo feminino, que chegou a estar à venda nas farmácias portuguesas mas saiu de circulação por não ter tido procura.
"Pretendemos primeiro dar a conhecer o preservativo feminino e salientar que ele é uma alternativa para as mulheres poderem garantir a sua protecção e a pervenção de risco de doenças sexualmente transmissíveis, nomeadamente a VIH/Sida", destacou Beatriz Casais, da Coordenação Nacional para a nfecção VIH/Sida, citada pela Lusa.
A ideia é, assim, levar as mulheres a adoptar "uma nova atitude", mostrando-lhes que o uso daquele método anticonceptivo dá-lhes mais controlo e poder, sendo eficaz na prevenção da Sida. "Quandoa mulher está limitada ao preservativo masculino na negociação com o parceiro, tem que pedir para usar. Assim, a decisão é dela", destaca Beatriz Casais.
"Pretendemos primeiro dar a conhecer o preservativo feminino e salientar que ele é uma alternativa para as mulheres poderem garantir a sua protecção e a pervenção de risco de doenças sexualmente transmissíveis, nomeadamente a VIH/Sida", destacou Beatriz Casais, da Coordenação Nacional para a nfecção VIH/Sida, citada pela Lusa.
A ideia é, assim, levar as mulheres a adoptar "uma nova atitude", mostrando-lhes que o uso daquele método anticonceptivo dá-lhes mais controlo e poder, sendo eficaz na prevenção da Sida. "Quandoa mulher está limitada ao preservativo masculino na negociação com o parceiro, tem que pedir para usar. Assim, a decisão é dela", destaca Beatriz Casais.
O preservativo feminino tem a forma de uma manga e é constituído por dois anéis: um que fica dento da vagina e outro fica na zona exterior e cobre parte dos lábios vaginais e do clítoris. O material é mais espesso do que o do preservativo masculino e assemelha-se ao de um saco plástico. Por isso, pode diminuir a sensibilidade, apesar de ser considerado mais eficaz na prevenção da VIH/Sida e de prevenir doenças do colo do útero (JN, (2009-03-30)).
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